Superação Feminina no Esporte
As atletas paralímpicas Suzana Schnarndorf e Lorena Spoladore, representantes brasileiras nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 marcaram presença no evento que aconteceu no Museu Brasileiro de Escultura (MuBE), na última quinta-feira (25), em parceria com o Senac Aclimação e a Associação Brasileira da Empresas Aéreas (ABEAR). Aeroviários das principais empresas no ramo ouviram tudinho o que foi discutido.
"Como posso te ajudar?", foi o tema debate de um assunto que é tão delicado e de extrema importância para aprimorar o atendimento nos aeroportos e nas companhias aéreas brasileiras. Na ocasião, as experiências nos ambientes foram relatadas para que aconteça de fato, a melhora na rotina dessas pessoas.
As campeãs mundiais nas modalidades salto à distância do atletismo e do triathon (que une natação, ciclismo e corrida), já conquistaram muitas medalhas para Brasil.
Mesmo com as dificuldades encontradas para praticar o esporte, foi justamente nele que elas encontram a saída para superar os desafios e as limitações do dia a dia.
Lorena, que nasceu com deficiência visual, conta na voz suave de uma menina que teve sorte em nascer cega porque é o que ela conhece. Tudo dá pra melhorar, e era exatamente por isso que todos estavam lá. No campeonato mundial de Lyon em 2013, na França, presenteou os brasileiros com a medalha de prata, e mesmo estando em segundo lugar saiu satisfeita porque tinha pressa. O que ela mais queria era atravessar as barreiras dos aeroportos e chegar em Goiânia no colo dos pais. E cá entre nós? Ficar em segundo lugar não é nada mal para quem tem apenas 19 anos.
Já Susana, que é mais madura no quesito olímpico, já disputou muitos campeonatos e também foi premiada nas competições. A medalhista carrega consigo uma trajetória de grandes conquistas no currículo: desde 93 vem conquistando títulos que pertencem a sua história. A Atrofia de Múltiplos Sistemas (com esse tom de robótico) não a impediu de praticar o esporte que se tornou integrante de sua vida.
"O esporte paralímpico trouxe a minha alegria de novo", comenta emocionada e com um pouco de timidez nítido, mas sempre confiante.
É, parece que a vida tropeça na gente e nos presenteia com uma " doença ". A vida é muito curta pra ficar inventando histórias.